AWS Bablefish
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Conhecem aquela história da fadinha do dente? ou aquela outra que você ouviu que um amigo de uma amigo de um conhecido do irmão da tia do sobrinho já usou e é legal?

Então, prazer esse é o Babelfish, ele é feinho, tem uns problemas, parece um político (vende mais do que entrega), mas tá aqui pra te ajudar.

Mas pra que ele server?

Imagina o seguinte, por algum acaso do destino o pessoal descobriu que o licenciamento do SQL Server é caro, não da mais para ficar usando o SQL Enterprise para manter as bases da empresa, o Standard não é uma opção (porque afinal é o Std e ninguém gosta,,, brincadeira) por qualquer que seja o motivo, as vezes até birra de gerente novo que tem birra do SQL Server (não sabe usar e quer dar pitaco de DBA), corte de custos, escolhe o motivo, tanto faz, é só uma desculpa para o: ¨por que não?¨

Como DBA temos que ter a mente aberta para outras dores de cabeça, afinal nossa vida é tranquila d+ para não sofrer multi-plataforma ou multi-banco.

TEORICAMENTE esse cara deve ajudar você a conseguir ter uma transição mais suave entre o SQL Server e o Postgresql, como um intermediário para interpretar o T-SQL para o PLPGSQL em tempo de execução.

Para entender detalhadamente como o Babelfish da AWS funciona, é importante mergulhar nas camadas técnicas e de comunicação que facilitam a compatibilidade entre SQL Server e PostgreSQL. O Babelfish atua como uma ponte entre esses dois mundos, interpretando chamadas SQL Server para o formato PostgreSQL e vice-versa, permitindo que aplicativos escritos para SQL Server interajam com o Aurora PostgreSQL como se estivessem se comunicando com um banco de dados SQL Server nativo. Vamos detalhar essas camadas e o processo de comunicação.

Entendendo as Camadas do Babelfish

O Babelfish implementa duas principais camadas de funcionalidade:

  1. Camada de Protocolo de Comunicação:
    • O SQL Server utiliza o protocolo TDS (Tabular Data Stream) para a comunicação entre cliente e servidor. O Babelfish é capaz de entender e interpretar o protocolo TDS, permitindo que clientes SQL Server se conectem ao Aurora PostgreSQL como se fosse um servidor SQL Server. Essa camada de comunicação traduz as requisições TDS em chamadas SQL compreensíveis pelo PostgreSQL.
  2. Camada de Tradução de SQL:
    • Após a comunicação ser estabelecida através do TDS, as instruções SQL, procedimentos armazenados, funções, e tipos de dados específicos do SQL Server são traduzidos para seus equivalentes no PostgreSQL. Esta camada lida com a conversão de sintaxes de consulta, tipos de dados, e semânticas de execução, assegurando que as operações executadas pelos aplicativos funcionem corretamente no Aurora PostgreSQL.

Como o Babelfish Funciona na Prática

O processo de interação entre um aplicativo SQL Server e o Aurora PostgreSQL através do Babelfish envolve várias etapas:

  1. Estabelecimento de Conexão:
    • O cliente SQL Server inicia uma conexão usando o protocolo TDS, direcionada ao endpoint do Babelfish na instância Aurora PostgreSQL.
    • O Babelfish aceita a conexão TDS, estabelecendo um canal de comunicação entre o cliente e o Aurora PostgreSQL.
  2. Execução de Consultas:
    • Quando uma consulta SQL Server é enviada pelo cliente, a camada de protocolo de comunicação do Babelfish recebe a requisição em formato TDS.
    • A camada de tradução de SQL então converte a consulta do formato SQL Server para uma consulta compatível com PostgreSQL, incluindo a tradução de tipos de dados e a sintaxe de procedimentos armazenados, se necessário.
  3. Processamento de Consultas:
    • A consulta traduzida é processada pelo Aurora PostgreSQL, e os resultados são gerados.
    • Os resultados são então encapsulados em um formato compreensível pelo protocolo TDS e enviados de volta ao cliente SQL Server através do Babelfish.
  4. Retorno dos Resultados:
    • O cliente SQL Server recebe os resultados como se estivesse interagindo com um banco de dados SQL Server nativo, completando a operação.

Considerações de Implementação

  • Compatibilidade: Enquanto o Babelfish oferece uma alta grau de compatibilidade, existem limitações e diferenças que devem ser consideradas. Nem todas as funcionalidades e comportamentos do SQL Server são suportados 1:1 no PostgreSQL através do Babelfish.
  • Otimização de Desempenho: A tradução entre os dialetos SQL pode introduzir overheads de desempenho. É importante monitorar o desempenho das aplicações e ajustar as consultas ou a configuração do Babelfish conforme necessário.
  • Gerenciamento de Transações: O Babelfish suporta transações, mas as diferenças na gestão de transações entre o SQL Server e o PostgreSQL podem requerer atenção especial para garantir a integridade dos dados.

Instalando e Configurando o Babelfish Localmente

Pré-Requisitos

Antes de iniciarmos, certifique-se de que você tem os seguintes pré-requisitos em seu sistema:

  • Sistema operacional compatível (Linux/Windows)
  • PostgreSQL instalado e funcionando
  • Acesso administrativo ao sistema
  • Conhecimento básico em linha de comando e administração de banco de dados

Passo 1: Baixar o Binário do Babelfish

Inicialmente, você precisa obter o binário do Babelfish para sua plataforma. A AWS disponibiliza esses binários através do seu site oficial ou repositório GitHub. Acesse o GitHub do Babelfish para encontrar a versão mais recente compatível com seu sistema.

Passo 2: Instalação do Babelfish

Após o download, siga os passos específicos para sua plataforma para descompactar e instalar o binário. Em sistemas baseados em Linux, geralmente envolve extrair o conteúdo do arquivo e executar um script de instalação. Por exemplo:

tar -zxvf babelfish-version-linux.tar.gz cd babelfish-version ./install.sh

Passo 3: Configurando o PostgreSQL para o Babelfish

Com o Babelfish instalado, o próximo passo é configurar seu PostgreSQL para trabalhar com o Babelfish. Isso geralmente envolve editar o arquivo de configuração postgresql.conf do PostgreSQL para incluir parâmetros específicos do Babelfish, como:

# Exemplo de parâmetros a serem adicionados ao postgresql.conf listen_addresses = '*' 
babelfishpg_tsql.database_name = 'NomeDoBancoSQLServer'

Não se esqueça de reiniciar o serviço do PostgreSQL após realizar essas alterações.

Passo 4: Criando um Banco de Dados Compatível com SQL Server

Você precisará criar um banco de dados no PostgreSQL que será utilizado pelo Babelfish para emular o comportamento do SQL Server. Isso pode ser feito utilizando o psql, o terminal interativo do PostgreSQL, com comandos como:

CREATE DATABASE NomeDoBancoSQLServer;

Passo 5: Testando a Conexão

Após a configuração, é crucial testar a conexão para assegurar que tudo está funcionando como esperado. Utilize suas ferramentas SQL Server habituais para conectar-se ao banco de dados PostgreSQL configurado, usando o endereço de IP e porta onde o PostgreSQL está rodando.

Se tudo der certo, você estará dentro do SSMS rodando query T-SQL contra um banco no Postgres.

Instalando e Configurando o Babelfish na AWS

A instalação do Babelfish é realizada através da criação de uma instância do Amazon Aurora PostgreSQL que inclui a camada de compatibilidade do Babelfish. Veja os passos:

  1. Crie uma instância do Amazon Aurora PostgreSQL:
    • Acesse o console da AWS e selecione o serviço Amazon RDS.
    • Clique em “Criar banco de dados” e selecione “Amazon Aurora”.
    • Escolha a edição compatível com PostgreSQL e a versão que inclui Babelfish.
    • Configure as especificações da instância conforme necessário e proceda com a criação.
  2. Habilitar Babelfish na Instância:
    • Após a criação da instância, navegue até a seção de parâmetros e habilite o Babelfish adicionando a configuração apropriada. Isso pode exigir a criação de um novo grupo de parâmetros se você desejar customizações específicas.

Configuração do Babelfish

Após a instalação, é necessário configurar o Babelfish para aceitar conexões do SQL Server:

  1. Configurar o Endpoint do SQL Server:
    • Localize o endpoint do Babelfish na seção de conectividade da instância Aurora PostgreSQL.
    • Este endpoint é usado para conectar aplicativos SQL Server ao Babelfish.
  2. Ajuste de Parâmetros:
    • Acesse o grupo de parâmetros da instância e ajuste as configurações para otimizar a performance e compatibilidade com seus aplicativos SQL Server.

Pontos de Atenção

Ele pode parecer a solução infalível para todos os seus problemas, mas como não existe almoço de graça ele tem limitações:

  1. Versão do Postgres oficialmente suportado, na instalação local a versão até o mento é a 14.6
  2. Limitações das “traduções”, ainda que ele faça alguns milagres naquele seu código grotesco, ele tem certas limitações, da uma lida no site do Bablefish para ver o que ele consegue fazer.
  3. Consumidor de recursos, já é de se esperar que como ele vai fazer uma tradução simultânea de comandos diretamente no canal, quanto maior o poder computacional mais rápido ele vai traduzir os comandos, então vejo esse como um dos principais gargalos de adoção na tecnologia, já que hardware é dinheiro e isso pode ficar caro.

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